Instituto JCA promove roda de conversa sobre Lançamento de Guia de Acesso e Permanência

O Instituto JCA promoveu uma roda de conversa com o tema “Educação superior no Brasil: desafios e potencialidades para a inclusão social, racial e de gênero”, em 15 de dezembro, sob condução de Giselle Pinto, Assistente Social e Pesquisadora sobre ensino superior, permanência estudantil e relações raciais.

Com a participação de jovens e da equipe do IJCA, a atividade buscou apresentar um histórico sobre a trajetória de democratização e expansão do ensino, entre outras políticas adotadas na educação brasileira. “O surgimento das universidades tem o mesmo desenho de surgimento de todas as outras políticas públicas no Brasil. Ela está completamente conectada a esse desenho social, então ele pode ser mais ou menos democrático em virtude do desenho que essa sociedade assume.”, afirma Giselle.


Um dos temas levantados foi sobre as políticas de ações afirmativas. A assistente social explica que para compreendê-las é necessário refletir antes sobre a luta do movimento negro em busca da reparação, tendo como exemplo, o argumento da falta da reforma agrária em virtude do processo histórico escravista, sendo uma reivindicação não atendida. “O debate que vai sendo trazido para o Brasil é o das ações afirmativas para os espaços; espaços de poder, midiáticos, mercado de trabalho…mas também um espaço capaz de mobilizar, que exerce grande influência como um espaço de produção de saber e de disseminação em geral, que é a universidade pública.” 

Esse movimento foi necessário para a introdução da expansão do acesso ao ensino superior, que ocorreu primeiramente no ensino privado, com a implementação do FIES em 1999 e o grupo de PUC’s, que introduziram medidas de ação afirmativa de acesso a determinados cursos. Já a UERJ e a UNB foram as primeiras universidades públicas a implementar o sistema de cotas em 2003 e 2004, respectivamente .

Durante a roda de conversa, também buscou-se tratar sobre o panorama de bolsas, auxílios e assistências oferecidos atualmente por universidades públicas do Estado do Rio de Janeiro. “A assistência estudantil vem sendo mais estabelecida com o PNAES (Plano Nacional de Assistência Estudantil). A partir dessa implementação é possível ver a inserção de uma série de verbas públicas utilizadas pelas universidades para desenvolver ações de assistência estudantil no ensino superior público”, explicou Quezia, aluna de Serviço Social. 


A importância do debate se dá pelo aprofundamento necessário sobre as questões que envolvem a juventude e a educação, mas também, corroboram para a construção de informações que compõem temáticas relacionadas ao lançamento do Guia de Acesso e Permanência. Um documento, que em síntese, reúne informações essenciais para jovens que desejam acessar o ensino superior .

O que é o Guia de Acesso e Permanência ?

O Guia de Acesso e Permanência tem a função de sintetizar informações de forma a facilitar o caminho até a universidade. Sendo um conteúdo produzido com foco no público jovem, especialmente, para estudantes concluintes do ensino médio que almejam o acesso à graduação. Mas também, endereçado aos estudantes em fase de permanência na universidade.

O documento prevê um conteúdo que reunirá as informações principais que um jovem precisa para ingressar nas universidade públicas e privadas através dos principais programas do Governo Federal, além de um material sintetizado sobre o Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes).

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