Angélica Souza, 29 anos, moradora do Caramujo, buscava aperfeiçoamento profissional quando conheceu o Instituto em 2023. Ela já trabalhava com tranças, mas não se sentia segura e precisava aprimorar técnicas que aprendeu em estudando sozinha e em formações on-line. Ela concluiu o curso de Desenvolvimento Humano, Capacitação Profissional em Tranças e Empreendedorismo (Programa (Re)Conquista) no mesmo ano. Hoje, empreende e é professora no curso de Beleza e Empreendedorismo ofertado pelo Instituto JCA para 30 mulheres do entorno.
Ela conta que começou a trançar para fazer penteados no marido. Pesquisando na internet, aprendeu os primeiros passos e começou a trançar as primeiras mechas. Para ela, a formação foi uma grande oportunidade de se desenvolver profissionalmente nesta área. “Quando o IJCA apareceu para mim, eu já estava atendendo as primeiras clientes, porém eu não me sentia segura, precisava aperfeiçoar as técnicas e estar melhor capacitada para atender as clientes que já apareciam para mim”, conta Angélica.
Após a formação, Angélica conta que “outras portas se abriram”. “ Eu tive a oportunidade de palestrar na Firjan, participei de algumas ações sociais, dei um aulão de trança. Eu percebi que quando você tem uma certificação, as pessoas te olham com outro olhar e outras oportunidades surgem”, avalia. Além de uma profissão, ela encontrou nas tranças uma possibilidade de apoiar outras mulheres. “Eu tenho ajudado muitas mulheres a se olhar com mais amor, a entender a importância de investir em si mesma. Ela [a cliente] acaba de sair da cadeira e está com a autoestima renovada, está pronta para qualquer coisa. Então é uma via de mão dupla, a gente cura e se cura ao mesmo tempo”, explica.
No segundo semestre deste ano, um novo desafio. Angélica recebeu o convite para dar aulas no módulo de capacitação profissional em tranças para as alunas da formação em Beleza e Empreendedorismo do Instituto JCA. “Essa foi mais uma porta aberta para mim, na qual eu venho me dedicando todos os dias porque eu sei que são mulheres que precisam de uma renda. Então, quando eu me levanto para estar em aula, eu me dedico a profissionalizar essas mulheres para que elas sejam independentes, seja financeiramente ou emocionalmente”, afirma.
Para o futuro, Angélica sonha em ter um espaço de atendimento junto a sócia, Thalita Xavier, e oferecer a suas clientes um lugar confortável e acolhedor para cuidarem de si. Além do âmbito profissional, Angélica também trabalha para realizar um sonho pessoal. “O sonho da casa própria é uma das metas. A gente vem de uma realidade muito dura. Então, o trabalho é para isso, dar o conforto aos nossos filhos que muitas das vezes não pudemos receber dos nossos pais devido às correrias deles também”, afirma Angélica, que é mãe da Maria Antonieta, 6 anos.