Bem TV lança pesquisa sobre Racismo e Empregabilidade da Juventude em Niterói e São Gonçalo

Levantamento foi considerado um dos mais importantes produzidos nesses municípios, pois destaca detalhadamente a situação socioeconômica dos jovens de 15 a 29 anos.

A Bem TV, em parceria com o Departamento de Estatística da Universidade Federal do Rio de Janeiro, apresenta a pesquisa ‘’Incidência do Racismo sobre a empregabilidade da Juventude em Niterói e São Gonçalo’’. O lançamento aconteceu no dia 4 de julho e teve em sua abertura a exibição do filme ‘Preto, Favelado. Escravo, Fujão’, realizado pela oficina de produção audiovisual do Projeto Olho Vivo. Estiveram presentes no Museu de Arte Contemporânea representantes da Secretaria de Cultura de São Gonçalo, líderes de religiões de matriz africana, diretores e professores da rede pública de ensino, estudantes e artistas.

O documento, produzido desde 2016,  compõe uma das atividades do projeto Frente Papa Goiaba de Promoção dos Direitos da Juventude Negra, que tem como principal objetivo a mobilização de instituições da sociedade civil pela diminuição do racismo estrutural, problema que afeta diretamente os jovens moradores de Niterói e São Gonçalo. A União Europeia apoia a iniciativa. As 34 organizações que fazem parte da Frente Papa Goiaba atuam como orientadores durante o processo de desenvolvimento. O estudo está disponível na íntegra através do site: https://www.bemtv.org.br/relatorio-trabalho-juventude/

Rubens Teixeira, aluno do curso de Estatística da Escola Nacional de Ciências Estatísticas e um dos responsáveis pela pesquisa, explica que a proposta é entender a situação da  juventude desses dois municípios da região metropolitana com relação à emprego e os impactos do racismo sobre os jovens negros. “A pesquisa é composta de três partes: uma análise socioeconômica, dados sobre empregabilidades e mercado de trabalho e um bloco de perguntas sobre a percepção do racismo e discriminação. É de suma importância correlacionar essas três áreas, pois a partir delas será possível produzir subsídios para fortalecer ações que ampliem e ou qualifiquem a empregabilidade de jovens negros no território”, afirma.

O próximo passo é a análise qualitativa, que descobrirá as relações e causas da falta de acesso a empregos. Márcia Correa e Castro, uma das fundadoras da Bem Tv, afirma que esse processo já se iniciou em quatro grupos focais divididos entre Niterói e São Gonçalo, e posteriormente haverão seis entrevistas com empresários destas cidades. ‘’Já estamos fazendo uma análise qualitativa. A ideia é preencher algumas lacunas que ficaram em aberto na pesquisa quantitativa. Conseguimos identificar alguns pontos de antemão, como por exemplo, o número pequeno de jovens no setor doméstico que realmente já não aparece mais como uma perspectiva tanto para jovens brancos quanto para negros.’’

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